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quinta-feira, 11 de junho de 2015

O amor não é delivery



Tem uma multidão lamentando em público ou amargurando no íntimo a sua solidão ou solteirice. A mesma proporção de gente está por aí buscando príncipes e princesas, bilionários, deuses e deusas fitness, atores globais, gênios e super-heróis como par.

Esquecem de olhar para si e perceber suas limitações, suas superestimações pessoais e exigências fora de contexto. E esquecem principalmente de olhar para o lado.

Salvo raras exceções, relacionamentos não surgem do nada.

Não há uma grande festa em que a donzela maltratada na casa da madrasta descola uma fada que lhe deixa super gata para achar o bonitão forte, esbelto e dono de castelos. Muito menos existe a garota mais bonita do lugar que fica com pena do rapaz com cara de coitado que sai da festa para olhar a lua e lamentar pelo mundo cruel.

Amores surgem de contato, de comunicação e conhecimento e, pode acreditar, independem de beleza física estonteante. Quase sempre o amor está nos nossos próprios nichos sociais, sejam eles virtuais ou reais. E se fortalecem em afinidades.

Muita gente reclama de estar só, procura no lugar mais longe - não raro, tem gente se apaixonando por quem está do outro lado do mundo. Insiste em idealizações sobre amor criadas com base em enredos centenários e ressuscitados nas novelas e comédias românticas.

Tudo é uma questão de se reconhecer e olhar ao redor. Olhar ao redor e reconhecer o que há de você por aí, perdido em quem está por perto e acessível.

Quase sempre o amor está mais próximo do que se imagina.

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