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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

AO BATER DO MARTELO.





Somos analisados e julgados desde o primeiro choro, o primeiro abrir de olhos, o primeiro passo dado. Aprendemos a ser julgadores também, é claro. Na realidade, somos todos advogados, réus, promotores e juízes de situações que nem sempre tiveram oportunidade de estudo de caso. Neste imenso tribunal, há necessidade de atenção extrema. Aquele que um dia advoga por sua verdade, no outro está sentenciando sua pena. É preciso estar preparado para enfrentar o júri popular também, é claro. Este sim é impiedoso. Decreta e que assim seja!
Nem sempre a justiça é feita, que fique claro para você que recém notou que também faz parte desse tribunal universal. São tantas histórias, lutas por mentiras que vestem os trajes da verdade e guerras precipitadas pela guarda de laços fraternais e amorosos que é possível apagar da mente cada caso quando um novo se aproxima. Você pode esquecer quem foi seu advogado, quem lhe sentenciou– ou sentenciaram -, aquele que abriu o processo ou defendeu essa abertura. Enfim, recomeçam as mesmas discussões pelas mesmas causas já perdidas.
Passei grande parte das minhas duas décadas recebendo sentenças e ditando-as também. Não posso me eximir de culpa em alguns casos, mas não me torturo por eles. Errar também pode agregar amadurecimento e aprendizado, mesmo que você não considere essa a melhor maneira de crescer. Meu recém iniciado crescimento fez com que eu pudesse entender qual o melhor posicionamento nesta imensidão de processos contínuos.
Tente fazer da sua participação nesta batalha de contradições mais nula e ao mesmo tempo útil que conseguir. Arquive tudo que aconteceu até então para, no mínimo, ter a noção do que e quem pode vir a enfrentar adiante e aprenda que, independente da quantidade de casos que participou, do papel que exerceu neles e o resultado final, o importante é saber quando vale a pena rasgar a carta de intimação e não comparecer à audiência.