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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

LET IT BE



Você vive numa redoma de vidro onde, logo que você nasce, várias pessoas começaram a entrar e fazer parte daquele ciclo de convivência, tudo é realizado conforme você quer, ou pelo menos pensa ser assim. Aí, alguns anos se passam e aparentemente, as coisas começam a mudar. Aquela bolha pequena já não comporta a quantidade de pessoas que chegam e conquistam espaço na sua vida. Você ganha um mundo. Você tem importância vital para todos, tudo gira em torno das suas idéias e ideais ainda em formação, você começa a aprender a escrever, a ser mais parecido com os outros do seu mundo. Você está crescendo.

Certo dia, você começa a olhar mais adiante, e descobre que existe outros mundos, outros conceitos, outras pessoas que se sentem tão - ou mais- importantes que você. Aí, você pensa que não é tão vital assim para o mundo, nem todos te amam e querem o mesmo que você. "Nossa, porque essas pessoas me fizeram acreditar que tudo era tão lindo? Odeio todos". Bem-vinda, pré adolescência!

O tempo passa e o ódio de tudo e todos começa a passar. Quem sabe não seria melhor explorar outros mundos, conhecer o que tem aí fora? "Nossa, eu preciso disso!”. Obrigado por chegar, adolescência! Festas, amigos, mais amigos e de quebra, mais festas. Não é necessário bater para entrar no mundo dos outros, você vai conhecer pessoas que farão parte de sua vida durante muitos anos, ou pensa dessa maneira. Tudo é tão divertido! Você quase volta a acreditar que tem aquela importância do inicio, até que um dia percebe que é preciso bater antes de escancarar portas, agora existem exigências. Você tem um emprego? Tem perspectivas de vida? Tem carteira de motorista? É maduro o suficiente para manter uma relação? Não tem mais volta, você virou adulto. Corra para não ficar para trás. Explore mais e mais mundos, afinal agora é necessário. Amigos não, contatos. O tempo está passando, não quer ter filhos? É melhor achar alguém. Chegou enfim o casamento e os filhos. É hora de aprender a ensinar. Durante este percurso, você dá uma olhada rápida para trás, e não encontra mais seu mundo, aí percebe que tudo virou uma coisa só, todos estão ali, conhecidos, pessoas amadas e desconhecidos também.

A família começa a mudar de cara, alguns se despedem como deve ser, outros entram de uma forma encantadora com um olhar brilhante e inocente de quem vive na mesma redoma que você vivia. "Agora entendo o porquê nunca me arrancaram de dentro daquele lugar tão meu, que saudade do meu mundo e.... AI,que dor nas costas!". É velho amigo, agora é a velhice quem bater na sua porta. Você se despede dos contatos, e começa a reencontrar os amigos verdadeiros. Lembranças, fotos, fatos e idas ao médico tornaram-se praticamente rotina. Você começa a ver sombras do seu antigo mundo, da sua redoma, de tudo que viveu. Agora, até mesmo os desconhecidos se importam com você, dizem que você está na melhor idade, para exaltar esta importância. "Voltei a sentir aquilo do início, minha relevância é real!”. A mente já não segue a mesma velocidade do corpo, mas e daí? Está na hora de relaxar.

Você está pronto para finalizar o espetáculo? Provavelmente não, já que a platéia pede mais. Mas as cortinas estão fechando. É hora de reencontrar aqueles que no inicio, viviam no seu mundo, e dizer até logo para aqueles que você moldou a redoma.

Acho tão bonito e confortante pensar na vida dessa forma, mesmo que você ache pretensão da minha parte escrever um ciclo inteiro tendo começado agora a fazer meus contatos. A questão chave da vida a meu ver é simples, e provavelmente só saberei realmente o significado de tudo quando meu espetáculo estiver perto do final, mas por enquanto, "let it be"...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Desacelere, se puder.


"Viva cada dia como se fosse o último".
Assim começa minha filosofia barata de hoje, que provavelmente vai ser contraditória e irrelevante para a grande parte das pessoas que lerem isto - Por isso sempre me entendo melhor com as minorias!
Já perdi as contas de quantas vezes me deparei com essa frase tão eletrizante e aventureira, mas sinceramente, sempre me passou despercebida. Alguns acontecimentos recentes me fizeram refletir muito sobre ela e com toda a sinceridade, percebi o quanto a considero fúnebre e depressiva. Como posso aproveitar um dia tendo a sensação de que não existirá o próximo? Qual é a graça de passar momentos únicos se não poderei contar para aquela amiga tão querida? Não vejo - E não sei como podem ver - motivação nessa junção de palavras.
Quero viver cada dia como se fosse o primeiro, descobrir coisas novas, conhecer pessoas e lugares, sentir novos sabores, tudo muito minuciosamente. Escolho o frio na barriga do primeiro, deixo de lado a nostalgia do último. Talvez se a grande maioria pensasse dessa forma, teríamos mais recomeços do que finais mais reconciliações que separações, menos verdades desnecessárias e mais conselhos.
A vida não é tão curta assim quanto se diz por aí, somos nós que aumentamos a velocidade da caminhada com o decorrer do percurso. Desacelere de vez em quando, só não pare totalmente para não perder o ritmo. Caso não consiga colocar em prática essas dicas, viva como diz o ditado, cada dia como se fosse o último. Eu? Fico por aqui planejando ligar para minha amiga amanhã de manhã, para contar bobagens do meu agora.
Imagem: Festa com os amigos ;D

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Cafeína, nicotina e nostalgia.


Acordo. Onde está meu cigarro? Durante o sono profundo não sinto falta. Agora, a dependência e ânsia por nicotina já alteram meu humor. Acendo um cigarro. A fumaça que aos meu olhos parecem geométricas formam neblinas que somem no ar, junto com o sono e qualquer recordação da noite mal dormida. Uma boa dose de cafeína completa com louvor o ritual de todas as manhãs. É 12 de Outubro, e dai? Não tenho filhos nem sou mais criança. Estou longe de exaltar qualquer dia de "santo", apenas acredito em Deus- E só quando me convém-. Opa, é feriado! Esperar a noite chegar, encontrar o pessoal e comprar uma grande quantia de alcool e claro, cigarros. Isso sim me excita! Acendo outro cigarro, minha inconstância me remete à infância. 10 anos atrás, nada de nicotina nem cafeína, alcool então mal sabia o que era. 9 horas da manhã já estava de pé, fazendo barulhos premeditados para acordar meus pais, para não perder nem sequer um minuto daquele dia tão "meu". Eu já sabia que, como nos outros anos, era só eles levantarem para já começar a procurar o presente escondido, exatamente como eu pedia. Depois da euforia e de explorar o novo brinquedo, estava na hora de prosseguir com algum passeio diferente. A noite chegava, o dia ia terminando, precisava aproveitar cada segundo! Brincava até pegar no sono, e quando acordava, já estava ansioso para chegar no colégio, para contar o dia, ou fazer uma redação sobre "o dia das crianças". Putz, meu cigarro acabou e as recordações também, graças a deus. Melhor manter lembranças assim no subconsciente, para não me corroer de vontade de voltar no tempo. Vou acender outro cigarro, pensar em alguma forma de me posicionar no mercado, de ser alguém na vida, ter um futuro promissor. Nossa, que vontade de procurar meu presente.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

...Start!


Hi everyone!
Estou voltando para o mundo dos BLOGS, mas desta vez com conceitos e buscando efeitos diferentes das outras milhares de vezes que, de forma infantil, tentei passar um pouco da minha vida via web. Primeiro, que sou obrigado a mantê-lo atualizado ( sim, estou numa faculdade ;D), e provavelmente o conteúdo que será publicado em alguns dias não vai passar exatamente o que eu gostaria de dizer, mas faz parte! Fotos, textos e seus sinônimos, aí vou eu! ;P