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terça-feira, 3 de junho de 2014

Não é você. Sou eu.





O problema é que você nunca me fez perder a respiração, nem por um segundo sequer, nem na primeira vez em que veio ao meu encontro.

O problema é que você nunca foi o sinônimo de uma música, a ponto de me fazer fechar os olhos e rememorar nossas pequenas situações cotidianas cada vez que a melodia tocasse.

O problema é que você nunca me causou contrações no estômago por culpa de uma ligação não recebida. Nunca me fez brincar de “digita-apaga-escreve-reescreve” antes de enviar uma mensagem, na procura da colocação perfeita, imaginando a tua reação durante a leitura.

O problema é que você nunca apareceu nas minhas viagens ao futuro. Nunca apresentou um presente mais forte do que o passado.

Apesar de tudo isso, eu estaria mentindo se dissesse que o problema é você.

O problema sou eu, que não navego mais em barco de papel. Eu já conheço a força das tempestades.

O problema sou eu, que, no meu universo particular e clichê, vivo rabiscando histórias de amores cinematográficos e sei que você não se adaptaria ao papel de protagonista.

O problema sou eu, que não quero oferecer o meu abraço como moradia por saber que, cedo ou tarde, te deixarei desabrigado.

Não brigue, não me julgue.
Problema mesmo é quem alimenta amores fajutos.
Desamor honesto é solução.




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